A questão que me preocupa é que, agora, nesse setor, se acentua a presença das grandes empresas como mostra a reportagem abaixo. Se por um lado isso força a presença de maior preocupação ambiental na cadeia de fornecedores, por outro lado, essa mesma postura tem como única preocupação investir em setores que dêem lucro. Nada mais que isso. Confiram depois a noticia toda.
Capitalismo verde tira vantagem da mudança climática
Por Mark Sommer
Capitalismo verde tira vantagem da mudança climática
Por Mark Sommer
Companhias como Wal-Mart buscam lucros em uma “economia pós-carbono”. Está tendência se consolidará?
A exigência por novos produtos, que sirvam para uma economia “pós-carbono”, agora pode começar a desencadear uma forte demanda por parte da indústria e dos consumidores.Se as tendências emergentes se consolidarem, a “ecologização” da economia global será conduzida não pelos ativistas ambientais, e sim por alguns dos gigantes empresariais, que foram justamente criticados por sua inatividade, e pelos próprios conservadores, que por longo tempo sustentaram que as metas ambientais e as realidades econômicas eram incompatíveis por natureza. “A mudança climática é inevitável, e uma vez que se sabe que algo é inevitável é necessário adiantar-se aos fatos”, disse Joseph Romm, ex-subsecretário de Energia dos Estados Unidos, que previu que para 2050 todos os setores da economia mundial terão se tornado “verdes” e que surgirá um novo “supersetor”, focado inteiramente no desenvolvimento de tecnologias para a redução do carbono. Não há maior exemplo desta repentina conversão dos antigos adversários do ambientalismo do que o Wal-Mart, a maior empresa mundial de varejo. Depois de uma assembléia de acionistas, no ano passado (2006), seu diretor-geral, Lee Scott, comprometeu a empresa com a execução de uma série de ambiciosas metas ambientais: aumento em 25% da eficiência no uso de combustível dos sete mil caminhões do Wal-Mart nos próximos três anos e a duplicação dessa eficiência antes de dez anos; redução em 20% das emissões de gases que causam o efeito estufa em seus armazéns e centros de distribuição em sete anos; redução em 25% do lixo sólido em seus depósitos nos próximos três anos e a oferta de uma grande quantidade de produtos orgânicos.“Por seu tamanho, eles estão forçando os fabricantes a oferecerem produtos que não prejudiquem o meio ambiente e sejam energeticamente mais eficientes, e que se convertam em norma industrial”, escreve o consultor Charles Lockwood.
A exigência por novos produtos, que sirvam para uma economia “pós-carbono”, agora pode começar a desencadear uma forte demanda por parte da indústria e dos consumidores.Se as tendências emergentes se consolidarem, a “ecologização” da economia global será conduzida não pelos ativistas ambientais, e sim por alguns dos gigantes empresariais, que foram justamente criticados por sua inatividade, e pelos próprios conservadores, que por longo tempo sustentaram que as metas ambientais e as realidades econômicas eram incompatíveis por natureza. “A mudança climática é inevitável, e uma vez que se sabe que algo é inevitável é necessário adiantar-se aos fatos”, disse Joseph Romm, ex-subsecretário de Energia dos Estados Unidos, que previu que para 2050 todos os setores da economia mundial terão se tornado “verdes” e que surgirá um novo “supersetor”, focado inteiramente no desenvolvimento de tecnologias para a redução do carbono. Não há maior exemplo desta repentina conversão dos antigos adversários do ambientalismo do que o Wal-Mart, a maior empresa mundial de varejo. Depois de uma assembléia de acionistas, no ano passado (2006), seu diretor-geral, Lee Scott, comprometeu a empresa com a execução de uma série de ambiciosas metas ambientais: aumento em 25% da eficiência no uso de combustível dos sete mil caminhões do Wal-Mart nos próximos três anos e a duplicação dessa eficiência antes de dez anos; redução em 20% das emissões de gases que causam o efeito estufa em seus armazéns e centros de distribuição em sete anos; redução em 25% do lixo sólido em seus depósitos nos próximos três anos e a oferta de uma grande quantidade de produtos orgânicos.“Por seu tamanho, eles estão forçando os fabricantes a oferecerem produtos que não prejudiquem o meio ambiente e sejam energeticamente mais eficientes, e que se convertam em norma industrial”, escreve o consultor Charles Lockwood.
Por outro lado, com o transporte de produtos orgânicos da China para os Estados Unidos e outros mercados distantes, o único meio pelo qual o Wal-Mart pode manter seus preços baixos, pode gerar mais gases causadores do efeito estufa do que tenta reduzir com sua nova política.
Outros poderosos aliados dos ambientalistas são as companhias de seguros, que correm o risco de enormes perdas caso se concretizem as previsões sobre um cataclisma causado pela mudança climática. Com seu peso político e financeiro, as seguradoras têm uma forte influência sobre os políticos, as empresas e o comportamento individual. A seguradora norte-americana Traveller’s Insurance começou a baixar os prêmios para as construções que economizem energia, enquanto a Swiss Re investe em novas tecnologias solares e a Munich Re em energia renovável. Com seu dinamismo e sua capacidade para a inovação, o capitalismo verde está voltando sua atenção para as novas oportunidades de mercado, com a mesma prontidão de qualquer outra empresa rentável. E isto é precisamente o que faz previsível que consiga seus propósitos.
* O autor é analista norte-americano, dirige o programa de rádio internacional A World of Possibilities.
* O autor é analista norte-americano, dirige o programa de rádio internacional A World of Possibilities.
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