domingo, 21 de setembro de 2008

O CLUBE DE ROMA

Devido aos vários e-mails que recebi, tomei a decisão de aprofundar o Relatório do Clube de Roma. Grande parte do que vou desenvolver está contido no próprio Relatório que tem o nome de “Limites do Crescimento: Um relatório para o Projeto do Clube de Roma sobre o Dilema da Humanidade”, organizado por Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jφrgen Randers e William W. Behrens III e publicado em 1972.

Vocês, como eu, ficarão abismados como, com as devidas proporções, o relatório ainda se mostra atual.

O Clube de Roma nasceu, em abril de 1968, em um encontro de trinta pessoas de dez países. Esse grupo era formado por cientistas, educadores, economistas, humanistas, industriais e funcionários públicos de nível nacional e internacional. Eles se reuniram na Academia dei Lincei, em Roma – Itália instados pelo Dr. Aurélio Peccei, empresário e economista, para discutir os dilemas atuais e futuros do homem.
A formação dos membros é variada, portanto. Citam-se o Dr. Aurélio Peccei, que é associado à Fiat e à Olivetti e administra uma firma consultora para o Desenvolvimento Econômica e de Engenharia, a Italconsult.; Hugo Thiemann, chefe do Battelle Institute em Genebra; Saburo Okita, chefe do Japan Economic Research e mais 15 membros do MIT (dentre eles, os doutores Dennis L Meadows, como diretor; Peter Milling, com estudos do capital; Roger F. Naill e William W. Behrens III sobre reservas; Farhard Hakimzadeh, Donella H. Meadows e Nirmala S. Murthy sobre população; Jay M. Anderson, Alison A. Anderson e Jorgen Randers sobre poluição; dentre outros)

Os objetivos do Clube de Roma, hoje uma ONG e na época uma organização informal, era examinar o complexo de problemas, que afligem os povos de todas as nações, como a pobreza em meio à abundância; perda de confiança nas instituições; expansão urbana descontrolada; insegurança de emprego; alienação e outros transtornos econômicos e monetários. Estes elementos, aparentemente, divergentes da “problemática mundial” têm três características em comum: ocorrem até certo ponto em todas as sociedades; contém elementos técnicos, econômicos e políticos; e, o que é mais importante, atuam uns sobre os outros (Meadows et al, 1972, p. 11)
O dilema da humanidade é que o homem pode perceber a problemática e, no entanto, apesar de seu considerável conhecimento e habilidades, ele não compreende as origens, o significado e as correlações de seus vários componentes e, assim, é incapaz de planejar soluções eficazes. Fracasso que ocorre, em grande parte, porque continuamos a examinar elementos isolados na problemática, sem compreender que o todo é maior do que suas partes; que a mudança em um dos elementos significa mudança nos demais (idem, 1972, p.11)

Vou reproduzir Meadows elt al (1972, p. 13 a 20)

Introdução

Não desejo parecer excessivamente dramático mas, pelas informações de que disponho como Secretário-Geral, só posso concluir que os membros das Nações Unidas dispõem talvez de dez anos para controlar suas velhas querelas e organizar uma associação mundial para sustar a corrida armamentista, melhorar o ambiente humano, controlar a explosão demográfica e dar às tentativas de desenvolvimento o impulso necessário. Se tal associação mundial não for formada dentro dos próximos dez anos, então será grande o meu temor de que os problemas que mencionei já tenham assumido proporções a tal ponto estarrecedoras que estarão além da nossa capacidade de controle (U Thant, 1969).

Os problemas que U Thant menciona: corrida armamentista, deterioração do ambiente, explosão demográfica e estagnação econômica são citados freqüentemente como problemas fundamentais, a longo prazo, do homem moderno. Muitas pessoas acreditam que o curso futuro da sociedade humana, talvez mesmo a sua sobrevivência, depende da urgência e da eficácia das respostas que forem dadas a estas questões. No entanto, só uma pequena fração da população mundial sente-se ativamente responsável pela compreensão destes problemas ou pela busca de soluções.

Perspectivas Humanas

Toda pessoa no mundo enfrenta uma série de pressões e de problemas que exigem a sua atenção e sua ação. Estes problemas a afetam em diferentes níveis. Ela pode gastar a maior parte de seu tempo tentando garantir para si e a sua família o alimento de amanhã. Pode estar interessado no poder pessoal ou no poder da nação onde vive. Pode preocupar-se com uma guerra mundial no curso de sua vida ou com uma guerra, na próxima semana, com um grupo rival de sua vizinhança.
Estes níveis bem diferentes de preocupação humana podem ser representados em gráfico.

Ele apresenta duas dimensões: espaço e tempo.
...As perspectivas de tempo e espaço de uma pessoa dependem de sua cultura, de sua experiência passada e o caráter imediato dos problemas que enfrenta em cada nível. A maioria das pessoas precisa resolver com êxito os problemas numa área menor, antes de deslocar suas preocupação para uma área mais ampla. Em geral, quanto mais amplo o espaço e mais longo o tempo dedicado a um problema, tanto menor é o número de pessoas realmente envolvidas na busca de soluções.
Pode haver decepções e perigos na limitação da visão de uma pessoa a uma área demasiado estreita. Há muitos exemplos de pessoas que se empenham arduamente na tentativa de resolver algum problema de âmbito local e de alcance imediato, mas cujos esforços acabam sendo anulados pelos acontecimentos que estão ocorrendo num contexto maior. Uma guerra internacional pode destruir uma lavoura cuidadosamente tratada por um agricultor. Uma política nacional pode alterar os planos oficiais de uma região. O desenvolvimento econômico, de um país ou de uma região, pode ser frustrado pela ausência de mercado mundial para seus produtos. De fato, hoje, é motivo de preocupação crescente a possibilidade de a maioria dos objetivos pessoais e nacionais virem a serem anulados pelas tendências gerais, de longo prazo, tais como as mencionadas por U Thant.
São as implicações destas tendências tão ameaçadoras a ponto de sua solução exigir prioridade sobre os interesses locais, a curto prazo? Será verdade, conforme sugeriu U Thant, que nos restam menos de uma década para começarmos a regular tais tendências?
E se elas não forem controladas, quais serão as conseqüências?
Que métodos possui a humanidade para resolver problemas globais e quais serão os resultados e os custos do emprego de cada um deles?
Estas são as questões que estivemos investigando na primeira fase do Projeto Clube de Roma sobre os Dilemas da Humanidade.

Problemas e modelos

...um agricultor utiliza um modelo mental de sua terra, suas propriedades, possibilidades de mercado, das condições climáticas do passado para decidir o que vai plantar cada ano. Um agrimensor constrói um modelo físico – um mapa – para ajudar no planejamento de uma estrada. Um economista utiliza modelos matemáticos para entender e predizer o fluxo do comércio internacional. Aqueles a quem cabe tomar as decisões em todos os níveis empregam, inconscientemente, modelos mentais para escolher, entre diversas políticas, as que darão forma ao nosso mundo futuro. Estes modelos mentais são, por necessidade, muito simples quando comparados com a realidade de onde foram abstraídos. O cérebro humano, apesar de tão extraordinário, pode acompanhar apenas um número limitado das complicadas interações simultâneas que determinam a natureza do mundo real.
Nos também utilizamos um modelo. É um modelo normal, escrito, do mundo.
Ele constitui uma tentativa preliminar para melhorar nossos modelos mentais de problemas globais, a longo prazo, pela combinação de uma grande quantidade de informações que já existe na mente humana e nos registros escritos, com os novos instrumentos de processamento de informação que o conhecimento crescente da humanidade produziu: o método cientifico, a análise de sistemas e o computador moderno.
O modelo que construímos é, como todo modelo, imperfeito, supersimplificado e inacabado. Temos plena consciência de suas limitações, mas acreditamos que seja o modelo mais útil disponível no momento para lidar com os problemas mais distantes, no gráfico espaço-tempo. Pelo que sabemos, é o único modelo que existe, cujo alcance é verdadeiramente global no seu escopo, com um horizonte de tempo maior do que trinta anos e que inclui variáveis importantes como população, produção de alimentos e poluição não como entidades independentes, mas como elementos dinâmicos, tal e como o são no mundo real.
Como nosso modelo é formal e matemático possui também duas vantagens importantes sobre os modelos mentais. Primeiro, porque cada hipótese que formulamos está escrita, de maneira precisa, para ficar aberta a exame e critica por todos. Segundo, porque depois de verificadas, discutidas e revisadas para adaptarem a nosso melhor conhecimento atual, suas implicações para o comportamento futuro do sistema mundial podem ser investigadas, sem erro, por computador, não importando quão complicados possam vir a ser.
...apesar do estado preliminar de nosso trabalho, acreditamos que é importante publicarmos, agora, o nosso modelo e conclusões. Todo dia, em toda parte do mundo, estão sendo tomadas decisões que irão afetar as condições físicas, econômicas e sociais do sistema mundial nas décadas vindouras. Estas decisões não podem esperar por modelos perfeitos e completa compreensão. elas serão tomadas, de qualquer maneira, de acordo com algum modelo escrito ou mental. Julgamos que o modelo, aqui descrito, já se encontra suficientemente desenvolvido para ser útil aos responsáveis por decisões. Além disso, as modalidades de comportamento básico já observadas neste modelo afiguram-se tão fundamentais e generalizadas que, ao esperamos, que as nossas conclusões gerais venham a ser substancialmente alteradas, por revisões ulteriores.
O objetivo deste livro não é oferecer uma descrição cientifica completa de todos os dados e equações matemáticas incluídos no modelo mundial. Tal descrição poder ser encontrada no relatório técnico final de nosso projeto. Em Limites do Crescimento sintetizamos mais precisamente, as características principais do modelo e nossas conclusões, de maneira sucinta e não técnica. ...As implicações destas tendências aceleradoras fazem surgir questões que vão muito alem do campo de ação especifico de um documento puramente cientifico. Estas questões devem ser discutidas por uma comunidade mais ampla do que por uma formada apenas de cientistas. Nossa finalidade é abrir este debate.
As conclusões que se seguem emergiram do trabalho que empreendemos até agora. Não somos, de forma alguma, o primeiro grupo a formulá-las. Nestes últimos decênios, pessoas que olharam para o mundo, com uma perspectiva global e a longo prazo, chegaram a conclusões semelhantes. Não obstante, a grande maioria das pessoas encarregadas dos planos de ação parecer estar buscando objetivos que são incompatíveis com estes resultados.

São estas as nossas conclusões (idem, p.20):
1. Se as atuais tendências de crescimento da população mundial – industrialização, poluição, produção de alimentos e diminuição dos recursos naturais – continuarem imutáveis, os limites de crescimento neste planeta serão alcançados algum dia dentro dos próximos cem anos. O resultado mais provável é um declínio súbito e incontrolável, tanto da população quanto da capacidade industrial.

2. É possível modificar estas tendências de crescimento e formar uma condição de estabilidade ecológica e econômica que se possa manter até um futuro remoto. O estado de equilíbrio global poderá ser planejado de tal modo que as necessidades materiais básicas de cada pessoa na terra sejam satisfeitas e que cada pessoas tenha igual oportunidade de realizar seu potencial humano individual.

3. Se a população do mundo decidir empenhar-se em obter este segundo resultado, em vez de lutar pelo primeiro, quanto mais cedo ela começar a trabalhar para alcançá-lo, maiores serão suas possibilidades de êxito.

Estas conclusões são de tal alcance e levanta tantas questões para estudos ulteriores que, francamente, nos sentimos esmagados pela enormidade do trabalho que precisa ser feito.
Esperamos que este livro sirva para interessar outras pessoas em diversos campos de estudo e em muitos paises do mundo para que se ampliem os horizontes de espaço e de tempo de seus interesses; e para que elas se juntem a nós na compreensão e preparação para uma época de grande transição entre o crescimento e o equilíbrio global.

Aos poucos vou disponibilizando as análises.

sábado, 13 de setembro de 2008

Carta Empresarial para um Desenvolvimento Sustentável

Hoje vou falar da incorporação do meio ambiente na área empresarial.
Não há dúvidas que o meio empresarial se re-organizou e internalizou a variável ambiental, em particular, como diferenciador de produtos e ou como barreira técnica.

Essa história tem um certo tempo. O programa 3P (Pollution Prevention Pays) foi lançado, em 1975, pela Companhia 3M visando desenvolver uma aplicação organizada do conceito de prevenção da
poluição. Com isso, deixa-se a ênfase de controle da poluição nas fases finais de processos para enfatizar o combate à poluição em sua origem. A prevenção passa a ser entendida como uma estratégia tanto ambiental quanto competitiva e financeira.

Ainda na década de 1970, surgem os rótulos ambientais voluntários, que atestavam que alguns alimentos tinham sido cultivados sem a utilização de agrotóxicos e contribuiram para mostrar aos consumidores a relação entre as atividades produtivas e os impactos ambientais. Em 1977, a Alemanha lança um rótulo (Blauer Angel, vou falar da rotulagem logo) como diferenciador de produto.

Pode-se perceber que havia certo movimento empresarial na área ambiental.

Além disso, antes mesmo da publicação do Relatório Nosso futuro Comum, em 1987 (que disseminou o conceito de desenvolvimento sustentável), diversos acordos e encontros aconteceram.

O princípio da precaução, contido no próprio Relatório Nosso Futuro Comum, de 1987, foi acordado na Conferência Mundial da Industria sobre a Administração Ambiental, em 1984 e aceito na Reunião do G7, em 1987. O Princípio da Precaução é entendida como oportunidade de investimentos e estudos localizados visando consumo mais eficiente de energia, criação de novas técnicas e tecnologias mais lucrativas.

Em 1986, a Câmara Internacional de Comércio (ICC) já estabelecia as diretrizes ambientais para a indústria mundial.

Em 1991 foi criado o Business Council for Sustainable Development-BCSD (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável), um órgão ligado à ONU, com sede em Genebra. Só para frisar, a criação do BCSD foi incentivada com o convite de Maurice Strong (Secretário Geral, na Eco-92) ao empresário Stephan Schmidheiny. No mesmo ano de 1991, Schmidhiny lançou, através do próprio BCDS , o livro "Mudando o Rumo: Uma perspectiva empresarial global sobre desenvolvimento e meio ambiente", traduzido para o português, em 1992. Schmidheiny foi nomeado principal assessor para assuntos de negócios e indústria de Maurice Strong, na ECO-92.

Fonte: http://www.viversustentavel.net/Livros.php
Esse livro é um marco histórico e reune uma série de workshops e conferências, com 50 lideres de grandes empresas como as Dow, Du Pont, Procter & Gamble, Shell, Kiocera e Volkswagen. Nele, S. Schmidheiny (1992) afirma que “a pedra angular do desenvolvimento sustentável é um sistema de mercados abertos e competitivos em que os preços são fixados de forma a refletir os custos dos recursos ambientais e outros”, e ainda que “os mercados abertos podem motivar as pessoas para o desenvolvimento sustentável"

O Conselho criado (BCSD), hoje com 190 corporações, tem como objetivos avançar junto com a comunidade internacional de empresários nas discussões em torno do desenvolvimento industrial sustentável, estimular o empresariado mundial a cooperar com os governantes na discussão, estabelecer metas ambientais e garantir que o desenvolvimento destas propostas ocorra dentro da economia de mercado (Schmidheiny, 1992).

Em abril de 1991, na Segunda Conferência Mundial da Indústria sobre a Administração Ambiental (WICEM II) realizada em Roterdã, na Holanda, organizada pela Câmara Internacional do Comércio (ICC) houve a apresentação e assinatura da Carta Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, proposto pela própria Câmara.

Esta carta empresarial, também conhecida como Carta de Roterdã, possui 16 princípios de gestão que expressam compromissos a serem assumidos pelas empresas, no estabelecimento de um sistema de gestão ambiental.
Vocês verão que nela está contida toda a orientação da ISO 14000.

CARTA EMPRESARIAL PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1. Prioridade empresarial
Reconhecer o gerenciamento ambiental como uma das primeiras prioridades da empresa é um fator determinante para o desenvolvimento sustentável; estabelecer políticas, programas e práticas para conduzir as operações de maneira ambientalmente sadia.

fonte:http://www.globalgarbage.org/praia/2011/11/05/reciclagem-preocupacao-antiga-problema-novo/
2. Gerenciamento integrado
Integrar plenamente essas políticas, programas e práticas em cada ramo de atividade, como elemento essencial do gerenciamento em todas as suas funções.

3. Processo de Aperfeiçoamento
Continuar a aprimorar as políticas, programas e o desempenho ambiental da empresa, levando em conta os progressos técnicos, o avanço científico, as necessidades do consumidor e as expectativas da comunidade, tendo como ponto de partida as regulamentações legais, e aplicar os mesmos critérios ambientais no nível internacional.

4. Educação do empregado
Educar, treinar e motivar os empregados para que suas atividades sejam conduzidas de maneira ambientalmente responsável.

5. Avaliação prévia
Avaliar os impactos sobre o meio ambiente antes de iniciar uma nova atividade ou projeto, e antes de desativar instalações ou retirar-se de um local.

6. Produtos e serviços
Desenvolver e oferecer produtos ou serviços que não tenham nenhum impacto ambiental indevido e sejam seguros no uso a que se destinam, que sejam eficientes no consumo de energia e recursos materiais, e que possam ser reciclados, reutilizados ou removidos com segurança.

7. Orientação ao cliente
Aconselhar e, quando apropriado, educar os clientes, os distribuidores e o público em geral quanto à segurança no uso, transporte, armazenagem e remoção dos produtos oferecidos, aplicando as mesmas considerações à prestação de serviços.

8. Instalações e operações
Desenvolver, projetar e operar instalações e conduzir atividades levando em conta o uso eficiente da energia e matérias-primas, o uso sustentável dos recursos reutilizáveis, a minimização de impactos ambientais adversos e da geração de lixo, e a remoção segura e responsável de resíduos.


9. Pesquisa
Realizar ou apoiar pesquisas sobre os impactos ambientais de novas matérias-primas, produtos, processos, emissões e lixos associados com o empreendimento, bem como sobre os meios de minimizar quaisquer impactos adversos.

10. Abordagem cautelosaModificar o processo de produção, a comercialização ou o uso de produtos ou serviços, ou a condução, de atividades, de acordo com o conhecimento técnico e científico, para evitar séria ou irreversível degradação ambiental.

11. Fornecedores e empreiteiros
Promover a adoção destes princípios pelos empreiteiros que agem em nome da empresa, encorajando e, quando apropriado, exigindo um aprimoramento de suas práticas para torná-las coerentes com as da empresa; e encorajar a ampla adoção destes princípios pelos fornecedores.

12. Alerta para emergênciasDesenvolver e manter, quando existirem perigos significativos, planos de alerta para emergências em conjunto com os serviços emergências, as autoridades pertinentes e a comunidade local, reconhecendo potenciais impactos fora da empresa.

13. Transferência de tecnologiaContribuir com a transferência de tecnologia e métodos gerenciais ambientalmente corretos para todos os setores industriais e públicos.

14. Contribuir para o esforço comumContribuir para o desenvolvimento das políticas públicas e para os programas e iniciativas educacionais empresariais, governamentais e intergovernamentais que venham a ampliar a consciência ambiental e a proteção do meio ambiente.

15. Abertura às preocupações sociais
Promover a abertura e o diálogo com os empregados e com o público, antevendo e respondendo às suas preocupações quanto aos perigos e impactos potenciais das operações, produtos, resíduos ou serviços da empresa, incluindo aqueles que se fazem sentir fora da empresa ou em nível global.

16. Cumprir as exigências e emitir relatórios
Medir o desempenho ambiental; realizar auditorias e avaliações ambientais periódicas sobre o aumento das exigências da empresa, das normas legais e destes princípios; e oferecer e periodicamente as informações adequadas ao Conselho diretor, aos acionistas, aos empregados, às autoridades e ao público.

Com base nesses princípios, o British Standards Institute (BSI) lançou, em 1992, a norma BS 7750, que normatiza a instalação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e a sua certificação.
Seguindo o mesmo rumo, a International Organization for Standardization (ISO), após a grande aceitação da série ISO 9000 (Sistema de Gestão da Qualidade) envidou esforços para avaliar a necessidade de normas internacionais para gestão ambiental. Em agosto de 1991, criou o Strategic Advisory Group on Environment (SAGE), que tinha o objetivo de propor ações necessárias para a criação de um enfoque sistêmico da normalização ambiental e da certificação. (ABNT, 1995; CNI, 1995).
Essa história vou contar outro dia.